quinta-feira, 15 de maio de 2014

Vacinas, tema polémico (???) BUH!

Muito se tem escrito sobre o tema da vacinação e, apesar de não costumar trazer estes temas para o blog, decidi também meter a minha colherada! Não sou médica, por isso é bem provável que cometa algumas imprecisões científicas mas gostava de partilhar convosco a minha opinião e experiência no mundo das vacinas!



Em primeiro lugar, eu só, à partida, pró-vacinação. Por todos os motivos e mais alguns, pela consciência que nos integramos num todo social e que ao estarmos vacinados (sim, os adultos também) e ao vacinarmos os nossos bebés estamos a contribuir para a que certas doenças diminuam drasticamente de incidência chegando muitas vezes a ser eliminadas.

Por outro lado, gosto se analisar minuciosamente artigos que vão saindo (uns mais sérios que outros mas enfim...) e, estando em alturas da minha gravidez a trabalhar na área da educação especial não me passaram despercebidos os dados que relacionavam certas vacinações com casos de autismo ( relação dada como inexistente pela comunidade médica).

Quando a Margarida nasceu acho que nem tinha noção que havia duas vacinas fora do plano nacional de vacinação que são amplamente recomendadas: a pneumocócica (a Prevenar) e rotavírus (rotarix ou rotateq, a Margarida tomou a segunda). Pois além de serem caras como tudo, é só fazer uma breve pesquisa no Google que encontramos uma panóplia de efeitos secundários e testemunhos que ponham em casa a necessidade ou mesmo a eficácia destas vacinas de elite. Sem grandes pedidos de opiniões, decidimos que sim, a Margarida ia ter o full pack das vacinações.  Tudo correu normalmente, uma pernita inchada aqui, uma choraminguice ali, mas nada de grandes efeitos secundários que não passassem com colinho e beijos. E não pensei mais nisso...

Até dezembro passado. Aos treze mezes a Margarida contraiu uma gastroenterite com alguma gravidade. Diarreia e vómitos intensos, febre alta,  recusa em comer e até beber água levou-nos às urgências já com sinais de desidratação. Noite a soro, uns pais de uma filha única atordoados com a situação, e a sorrir de cada golinho de água que ela bebia sem vir parar cá fora. Uma vez que a Margarida tinha sangue nas fezes (desculpem a descrição gráfica mas é relevante) foi feita uma colheita das mesmas para identificar o vírus que provocou todo este desequilíbrio. Pois, já estão a ver não é? Rotavirus e adenovirus. Sabem o que é que me chateou? É que todos os médicos / enfermeiros / profissionais de saúde a quem exponho a situação me respondem o mesmo: encolhendo os ombros. E eu acho isso muito pouco científico...

Recentemente foi-nos indicada mais uma vacina fora do plano: contra a hepatite A. De longe muito mais económica que a Prevnar e a Rotateq, quanto mais leio menos necessária me parece esta vacina. No entanto há sempre aquele pensamento, "mal, não faz...mais vale dar!" Será assim? 

Opiniões, pleeeaase!!!

2 comentários:

  1. As vacinas para mim são um assunto que às vezes prefiro nem pensar muito nele. Há coisas que me fazem alguma confusão.
    Das vacinas fora do plano, optei por só dar a Prevenar. O conselho do pediatra do T foi que, uma vez que ele não estava na creche nem havia intenção de ir tão cedo, não se justificava dar a do rotavirus e que não era assim tão importante como a prevenar. "Engraçado" que a M também está contigo e no entanto foi atacada pelo vírus. É inevitável pensar que o argumento dado pelo pediatra do T cai por terra, mas ao mesmo tempo... para quê dar a se pelos vistos estão na mesma sujeitos? :|
    Quanto à vacina contra a hepatite A... não dei, nem vou dar. Eu acho-a desnecessária.

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  2. Olá!
    Comecei agora a seguir o seu blog e este é um assunto que é importante discutir.
    Há uma onda de pais (a meu ver irresponsáveis) que decidem não vacinar os filhos contra as mais variadas doenças. Mas, tal como diz, vivemos em sociedade e todos devemos contribuir para uma população mais saudável.
    Do que me foi explicado, há vacinas que nos trazem imunidade e outras que atenuam os efeitos.
    Dito pelo pediatra, a vacina do rotavirus serve para atenuar os sintomas das gastroenterites mais graves e diminuir o absentismo dos pais.
    Estou com o meu filho em casa e como tal decidimos que ele não ia tomar essa vacina. Tomou a prevenar e está a tomar a da hepatite A.
    A hepatite A não tem cura e portanto decidimos, também a conselho do pediatra, dá - la.
    Até porque se formos viajar para países com fracas condições de higiene, convém estarmos prevenidos.
    Não há nada como fazermos perguntas até termos respostas satisfatórias. É a nossa saúde e a dos nossos filhos que interessam.
    :-)

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