Muito se tem escrito sobre o tema da vacinação e, apesar de não costumar trazer estes temas para o blog, decidi também meter a minha colherada! Não sou médica, por isso é bem provável que cometa algumas imprecisões científicas mas gostava de partilhar convosco a minha opinião e experiência no mundo das vacinas!
Em primeiro lugar, eu só, à partida, pró-vacinação. Por todos os motivos e mais alguns, pela consciência que nos integramos num todo social e que ao estarmos vacinados (sim, os adultos também) e ao vacinarmos os nossos bebés estamos a contribuir para a que certas doenças diminuam drasticamente de incidência chegando muitas vezes a ser eliminadas.
Por outro lado, gosto se analisar minuciosamente artigos que vão saindo (uns mais sérios que outros mas enfim...) e, estando em alturas da minha gravidez a trabalhar na área da educação especial não me passaram despercebidos os dados que relacionavam certas vacinações com casos de autismo ( relação dada como inexistente pela comunidade médica).
Quando a Margarida nasceu acho que nem tinha noção que havia duas vacinas fora do plano nacional de vacinação que são amplamente recomendadas: a pneumocócica (a Prevenar) e rotavírus (rotarix ou rotateq, a Margarida tomou a segunda). Pois além de serem caras como tudo, é só fazer uma breve pesquisa no Google que encontramos uma panóplia de efeitos secundários e testemunhos que ponham em casa a necessidade ou mesmo a eficácia destas vacinas de elite. Sem grandes pedidos de opiniões, decidimos que sim, a Margarida ia ter o full pack das vacinações. Tudo correu normalmente, uma pernita inchada aqui, uma choraminguice ali, mas nada de grandes efeitos secundários que não passassem com colinho e beijos. E não pensei mais nisso...
Até dezembro passado. Aos treze mezes a Margarida contraiu uma gastroenterite com alguma gravidade. Diarreia e vómitos intensos, febre alta, recusa em comer e até beber água levou-nos às urgências já com sinais de desidratação. Noite a soro, uns pais de uma filha única atordoados com a situação, e a sorrir de cada golinho de água que ela bebia sem vir parar cá fora. Uma vez que a Margarida tinha sangue nas fezes (desculpem a descrição gráfica mas é relevante) foi feita uma colheita das mesmas para identificar o vírus que provocou todo este desequilíbrio. Pois, já estão a ver não é? Rotavirus e adenovirus. Sabem o que é que me chateou? É que todos os médicos / enfermeiros / profissionais de saúde a quem exponho a situação me respondem o mesmo: encolhendo os ombros. E eu acho isso muito pouco científico...
Recentemente foi-nos indicada mais uma vacina fora do plano: contra a hepatite A. De longe muito mais económica que a Prevnar e a Rotateq, quanto mais leio menos necessária me parece esta vacina. No entanto há sempre aquele pensamento, "mal, não faz...mais vale dar!" Será assim?
Opiniões, pleeeaase!!!